segunda-feira, 25 de junho de 2012

Gastos do SUS com atendimento a motociclistas aumentam 113% em quatro anos

Agência Brasil
Redação Folha Vitória

Brasília - Levantamento do Ministério da Saúde (MS) aponta que o custo de internações por acidentes com motociclistas pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2011, foi 113% maior do que em 2008, passando de R$ 45 milhões, há quatro anos, para R$ 96 milhões, no ano passado.

O crescimento dos gastos acompanha o aumento das internações, que passou de 39.480 para 77.113 hospitalizados no período. Segundo dados do MS, o número de mortes por este tipo de acidente aumentou 21% nos últimos anos – de 8.898 motociclistas em 2008 para 10.825 óbitos em 2010. Homens representaram 89% das mortes de motociclistas, em 2010. Os jovens são as principais vítimas: cerca de 40% dos óbitos estão entre a faixa etária de 20 a 29 anos. O percentual chega a 88% na faixa etária de 15 a 49 anos.

“O Brasil está definitivamente vivendo uma epidemia de acidentes de trânsito e o aumento dos atendimentos envolvendo motociclistas é a prova disso. Estamos trabalhando para aperfeiçoar os serviços de urgência no SUS, mas é inegável que essa epidemia está pressionando a rede pública”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Além do crescimento de fatores de risco importantes, como excesso de velocidade e consumo de bebida alcoólica antes de dirigir, a diretora de Análise de Situação em Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, destaca o aumento na frota de veículos como fator para aumento do número de acidentes.

Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número de veículos registrados cresceu 16,4% entre 2008 e 2010. No mesmo período, os óbitos tiveram alta de 12%. Já a frota de motocicletas foi ampliada em 27%.

O servidor público, José Sebastião Araújo, 52 anos, sofreu acidente de moto há duas semanas. Motociclista habilitado há quase 20 anos, ele usava o veículo para fugir do engarrafamento diário. “Essa foi a forma mais ágil que encontrei para ir trabalhar. Há muitos problemas no trânsito de Brasília e falta opção de transporte público de qualidade”, disse.

Araújo ficará pelo menos um mês afastado do trabalho e passará por três cirurgias devido aos traumas sofridos: fratura exposta na perna esquerda, deslocamento da clavícula e escoriações por todo corpo. A segunda etapa de reabilitação são sessões de fisioterapia durante seis meses. O servidor público afirmou que o uso capacete atenuou a violência do acidente. “Não fosse pelo capacete, certamente não estaria aqui para contar a história. Eu teria morrido”, falou.

De acordo com a Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, que presta atendimento público em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Macapá, Rio de Janeiro, Salvador e São Luís, no período de janeiro a junho de 2011, 45,8% das internações motivadas por acidente de trânsito se referiram a casos em que os pacientes eram ocupantes de motocicletas.

Esses acidentes produziram, predominantemente, lesões medulares, lesões ortopédicas e lesões cerebrais, representadas, em sua quase totalidade, por traumatismos crânio-encefálicos. A Rede Sarah aponta que 43,1% dos acidentes foram registrados aos sábados e domingos. O horário de pico dos acidentes envolvendo motocicletas ficou em torno das 19h.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Acabei de ver um filme com final triste.

Agora acabei de ver um filme com final triste, somos condicionados a finais felizes, como saber se o final chegou ou se não acabou e o jogo continua.
Certo sábado na TV vi um programa onde se apresentava um cego surfista de Guarapari ES, Ele dizia que não acabou é porque não chegou ao final, coisa assim, no fundo pela minha interpretação, é que a luta continua, o batente te chama, o dever manda lembrança, acredito que só assim você consegue interpretar o quão o seu final é triste ou feliz quando acaba? então tem a resposta?
Quando acaba um casamento? Quando acaba um trabalho, uma tarefa, uma missão?
Não tenho um critério definido, não consigo definir, uma equação matemática, vai de toda sua intuição e experiências passadas, o velho ditado "o que a vida ensina", as indiretas maldosas, a crueldade do ser humano.
O acidente me fez abrir os olhos para situações antes não vistas, não dada a atenção necessária, confesso, uma mudança para um critério elevado, mais alto sim, não no tamanho mas na qualidade das tarefas desenvolvidas como se cada segundo de respiração pedisse atenção total, cada simples ato se transforme em ferro e fogo em questão de honra, honra de cadeirante, honra de pai, honra de marido, clausulas petréias, coisas que não tem como digerir.
Você fica totalmente atento a tudo e todos, sobrevivencia, já falei nisto aqui, quer saber mesmo, vou vivendo enquanto estas duvidas continuem, mas uma hora vai ter fim, alias como nós mesmos.



Cateterismo Limpo

Palavra difícil de entender e principalmente de aceitar a ideia. Em muitas das sequelas, dos conjuntos de CID que se adquire quando o trauma é raquemedualar, te levam as mudanças e adequações necessárias para se viver com uma melhor qualidade de vida.
Quando me deparei com todas as sequelas foi vendo que a dificuldade de locomoção é apenas uma, tem muitas mais, e uma delas é a incontigencia urinaria.
Você passa a não controlar sua bexiga, muda internamente sua pressão, e com isto vem os primeiros procedimentos.

1 - Fralda - A utilização de fraldas vem desde o hospital, inicialmente adotada.
Situação desconfortável, que lhe tras uma tremendo desconforto, falo pelo lado pisicologico, é muito deprimente, quando a euforia de estar vivo passa, ficam perguntas, vou usar para sempre?
Viverei como uma criança? Perguntas como estas começam a permear seu consciente.

2 - Coletor de Urina - Uma luz no fim do túnel.
Quando se começa a frequentar um instituto de reabilitação, todos os envolvidos, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, conhecedores dos problemas e principalmente das soluções lhe apresentam algumas opções para substituir a fralda, a primeira a mim apresentado foi o coletor de urina, uma bolsa ligada a uma camisinha, envolver o "bichano" e pronto, sai direto. Solução adotada em larga escala, muito melhor que a primeira opção.
Após a euforia do coletor de urina, vem os contras, infecção urinaria, a colocação nunca sempre perfeita do coletor, as molhadas na cama por diversas razões. Momentos difíceis.




3 - Cateterismo limpo - Uma vida independente.
O médico vem com a técnica do cateterismo, que consiste em passar uma sonda uretral de tempos em tempos, na verdade de 4 a 5 vezes ao dia, uma medicação para melhorar a pressão da bexiga, pronto a magia esta feita. No começo, até você aceitar que passar uma sonda é normal, vai uma distancia longa, demorei muito uns 5 meses a aceitar. Um recado do Dr. Francisco Coutinho e outro do Dr. Leonardo da Matta me ajudaram a decidir - Cuidado, seus rins podem se comprometer - Dito isto pelos médicos, vem algumas possíveis sessões de hemodiálise, ai não, definitivamente não.
Após adotar a técnica vem o alivio, você aumenta sua qualidade de vida em muito, a independência é absurda, não existe mais molhada na cama, e você com autonomia total da operação, minha privacidade agradece. Sacos para coleta e sondas na mochila, você até esquece desta "necessidade especial", passa a fazer xixi por tubinho, mais vale apena e como vale.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Edilázio quer cadeiras de rodas em repartições, comércio e prédios residenciais.

Reportagem Jornal Pequeno - Maranhão.

Agência Assembleia
Tramita na Assembleia Legislativa projeto de lei de autoria do deputado Edilázio Júnior (PV), que determina a obrigatoriedade de serem disponibilizadas cadeiras de rodas em edifícios comerciais, residenciais, multifamiliares e nas repartições públicas, independente de haver elevador. O objetivo é facilitar o transporte de portadores de deficiências físicas permanentes ou temporários e de pessoas idosas ou com problemas de saúde, impossibilitadas de caminhar.
As cadeiras de roda deverão ser distribuídas em locais apropriados e devem ser afixados cartazes indicativos, em lugar visível, possibilitando a acessibilidade dos interessados. A utilização do equipamento para uso local será exclusiva das pessoas acima mencionadas.
Edilázio Júnior ressalta que as edificações citadas no Art.1º desta lei deverão adaptar-se às exigências no prazo de 90 dias a partir da data de sua publicação.



Justificativa
O projeto de lei do deputado Edilázio Júnior (PV) tem como objetivo facilitar o transporte dos cidadãos que sofrem de dificuldades locomotoras, a fim de propiciar maior integração destas pessoas na sociedade, tornando-as mais participativas; visto que a situação atual das edificações não lhes permite acessibilidade a ambientes físicos para prática efetiva de sua cidadania, assegurando seus direitos e garantias previstos na Constituição.

Chega de sentimento estupido.


Como é difícil crer e confiar nas pessoas neste mundo presente. Você, por mais alta estima, por melhor que esteja superando os problemas do dia a dia, devido a sua limitação reduzida, fica mais alto critico em relação a confiança.

Um paradigma já foi quebrado no exato momento do acidente que te levou a sequelas, você quebra, machuca, se fere esta constatação demora um pouco a ser digerida.

A convivência passa por outros olhos, a verdade deve ser o caminho.

As aparências sociais nos permite surfar pela vida sem um aprofundamento, sem maiores dificuldades, quando tudo esta "normal" você acredita, crê, e os diálogos ficam encantadores.





O raquimedular que lhe diz isto, sempre apreciou momentos assim, até....10 de janeiro 2010.
Hoje necessito saber onde estou, com quem estou e principalmente para onde vou. Uma conversa de amenidades sempre bem vindas, se transforma em um fardo pesado, uma visão mais dura da vida passa a te acompanhar.

O ser humano, traiçoeiro por natureza, por necessidade ou caráter, não consegue conviver com a verdade sem o manto protetor da hipocrisia, só aos mais íntimos, e quando os temos, que a mascara é revelada.

Falo por minhas experiências, meu convívio e não uma regra uma certeza absoluta, uma equação matemática.

Vejo hoje uma verdade em cada conversa, quando se aflora os sentimentos dó, lamento, piedade, termino rapidamente. Não me apetece despertar esses sentimentos, prefiro a verdade por mais dura que seja, falou, constatou, acabou, uma pagina se vira, temos outras linhas para preencher.

Quero dizer, melhor viver onde as verdades são ditas, onde impera a lealdade, onde se harmoniza com as pessoas e seus complexos sentimentos.

Estou criando oportunidades para se escrever um caminho com letras de verdade, sem meios termos.

Continuo hoje e sempre pelo restos dos meus dias a ter e poder usufruir de verdades bem ditas e amores aceitos independente da "deficiência", todos temos o direito, mas poucos conseguem.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Laura crescendo, como é bom acompanhar.



Vendo nossos filhos crescendo é uma grande experiencia, passando por situações juntos e vendo como nossas crianças já não são tão pequenas.
A Laura é bem destemida e gosta de esportes, que suas vontades sejam atendidas minha filha.




Segundo dados do Ministério da Saúde, gastos do Sistema Único de Saúde com atendimentos a motociclistas mais que dobraram nos últimos quatro anos.


Agência Estado | 20/06/2012 14:35:06

O número de atendimento a motociclistas dobrou nos últimos quatro anos, segundo levantamento do Ministério da Saúde, que mostra também que, pela primeira vez, a mortalidade de motociclistas em acidentes supera a de pedestres e motoristas.





O estudo revela que o custo de internações por acidentes com motociclistas pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2011, foi 113% maior do que em 2008, passando de R$ 45 milhões para R$ 96 milhões. O crescimento dos gastos acompanha o aumento das internações que passou de 39.480 para 77.113 hospitalizados no período.

Somente entre 2008 e 2010, o número de mortes por este tipo de acidente, de acordo com o levantamento, aumentou 21% - de 8.898 motociclistas para 10.825 óbitos. Com isso, a taxa de mortalidade cresceu de 4,8 óbitos por 100 mil habitantes para 5,7 por 100 mil no período.

Segundo o Ministério, a elevação do número de acidentes envolvendo motociclistas fez com que, pela primeira vez na história, a taxa de mortalidade deste grupo superasse a de pedestres (5,1/100 mil) e a de outros motoristas de veículos automotores (5,4/100 mil), como carros, ônibus e caminhões.

Os dados levantados apontam que os jovens são as principais vítimas: cerca de 40% dos óbitos estão entre a faixa etária de 20 a 29 anos. O porcentual cresce para 62% entre 20 a 39 anos e chega a 88% na faixa etária de 15 a 49 anos. Os homens representaram 89% das mortes de motociclistas (9.651 óbitos) em 2010.

Além do crescimento de fatores de risco importantes como excesso de velocidade e consumo de bebida alcoólica antes de dirigir, o incremento na frota de veículos também é motivo para o aumento do número de acidentes, segundo o Ministério. A frota de motocicletas foi ampliada em 27% - de 13.079.701 para 16.622.937 -, o que elevou a proporção destas, diante do total de veículos, de 24% para 25,5%, informa o ministério.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Cadeirantes têm maior risco de ficarem obesos?

Publicado no dia 04/01/2011 com o(s) assunto(s) Doenças Neurológicas, Endocrinologia,Exercício Físico Adaptado, Fisiologia do Exercício Clínico, Prescrição de Exercícios






Cadeirantes têm maior risco de ficarem obesos?


Sim, os indivíduos cadeirantes estão mais propensos ao desenvolvimento da obesidade. A obesidade é uma doença complexa e multifatorial que envolve vários outros fatores, como problemas endocrinológicos, distúrbios genéticos, fatores ambientais (ex.: sedentarismo) e comportamentais. Um equívoco frequente é a justificativa de que a principal causa da obesidade é a ingestão alimentar em excesso. Na verdade, a maioria das evidências sugere que o desequilíbrio energético decorrente do consumo excessivo de calorias (especialmente uma dieta rica em gordura e açúcar refinado), um estilo de vida sedentário ou a combinação dos dois fatores mencionados contribuiriam enfaticamente para o desenvolvimento da obesidade. Entretanto, a principal diferença entre a identificação, definição e classificação da obesidade e do excesso de peso é a avaliação da gordura corporal. Além da porcentagem de gordura corporal, fatores a considerar na determinação do grau em que a obesidade prejudica a saúde são a localização e distribuição dos depósitos de gordura corporal.
Partindo do princípio de que o indivíduo acometido por uma lesão medular está mais propício ao sedentarismo, haveria uma contribuição potencial ao desenvolvimento da obesidade. Somado a esse fator, a distribuição da gordura corporal no indivíduo acometido pela lesão medular é caracterizada pela localização centralizada da gordura, que está altamente correlacionada com o risco cardiovascular.
Outros fatores ligados à característica da lesão medular contribuirão para um maior risco de obesidade nessa população. A disfunção autonômica e somática encontrada na lesão medular pode também afetar a função metabólica e hormonal, incluindo uma resposta do sistema nervoso simpático e do eixo glândula adrenal-glândula hipófise, resultando em ritmos circadianos prejudicados e uma má resposta na regulação dos hormônios glicocorticoides. Intolerância à glicose é um achado frequente nos pacientes cadeirantes e é muitas vezes acompanhada por hiperinsulinemia compensatória. Alguns autores colocam que alterações na função da insulina podem ser um mecanismo fundamental na etiologia e manutenção da obesidade. Embora a função tireoidiana possa estar agudamente alterada na lesão medular, testes da função tireoidiana são geralmente normais em adultos cadeirantes. Inversamente, os níveis de testosterona total e testosterona livre em homens com lesão medular são muitas vezes reduzidos, enquanto a liberação do hormônio de crescimento está atenuada e cronicamente deprimida.

Cadeirantes que conseguem andar, mas que não têm tantas forças nas pernas: como eles podem emagrecer?

A questão do emagrecimento não parece ter correlação com o ergômetro a ser escolhido, muito embora haja uma tendência maior a um gasto calórico significativo quanto maior o número de grupos musculares envolvidos durante o exercício físico. Entretanto, a relação gasto calórico e exercício físico depende de outras variáveis, como dieta, volume corporal, gênero e condição clínica, para que possa ser bem instruída e individualizada. Um recurso muito utilizado para esses pacientes que conseguem andar, mas não têm força suficiente para a manutenção do ortostatismo, é um aparelho chamado Unweighting System (recurso que permite a redução da descarga do peso corporal durante a marcha), que traz bons resultados em termos de perda de peso para os pacientes que utilizam essa tecnologia. Aliado a isso, a utilização do cicloergômetro de braço, somada a exercícios de força para os membros superiores, tende a gerar um gasto calórico significativo nos pacientes que querem emagrecer.
 E quanto a paraplégicos? Como emagrecer?
Para esses pacientes, a dieta alimentar associada a um volume de exercícios físicos adequados e suficientes para o desequilíbrio da balança energética pode apresentar resultados positivos em termos de redução do peso corporal. Entretanto, é fundamental que o paciente paraplégico que apresenta o objetivo de perda de peso procure um nutricionista e um médico para uma orientação adequada e individualizada, a fim de maximizarem-se os objetivos e minimizarem-se os riscos clínicos envolvidos em uma restrição calórica sem orientação de um profissional especializado.
 Fisioterapia ajuda a emagrecer?
Qualquer situação que tire o indivíduo da inércia pode resultar em um gasto calórico. A fisioterapia é altamente indicada para os pacientes acometidos por lesão medular em qualquer nível de comprometimento clínico. Entretanto, creio que a intensidade e o volume de exercícios físicos utilizados durante a sessão fisioterápica não são suficientes para gerar-se um desequilíbrio energético negativo para a promoção do emagrecimento. Cabe ressaltar que creio nem ser esse o objetivo primário do trabalho fisioterápico nos pacientes com lesão medular.


E tetraplégicos, para os quais o exercício ativo é impossível? Como é possível perder peso?

A dieta alimentar é o recurso mais indicado nesses pacientes. O exercício passivo não gerará um gasto calórico significativo para um desequilíbrio da balança energética pela ausência de contração muscular voluntária.

Cadeirantes podem ter algum risco de saúde por não se movimentarem com mais frequência? Há alguma alternativa que substitui o exercício ativo?

O sedentarismo é um fator independente para o risco cardiovascular para ambos os sexos e qualquer situação clínica vigente. A literatura médica não relata nenhuma outra forma de obtenção dos benefícios gerados pelo exercício físico através de alternativas terapêuticas. Entretanto, é altamente indicada a procura de um médico para uma avaliação criteriosa pré-exercício.
 Que atividades físicas são recomendadas para cadeirantes?
O treinamento físico pode proporcionar uma variedade de benefícios relacionados à saúde de um indivíduo com lesão medular. As seguintes recomendações devem ser consideradas no desenvolvimento de um programa de treinamento cardiopulmonar, que podem incluir o cicloergômetro de braço, propulsão de cadeira de rodas em esteira ou roletes. Natação, esportes vigorosos, como basquete de cadeira de rodas, corridas, ciclismo com os braços, podem ser associados ao FES (estimulação elétrica funcional) e cicloergômetro de pernas ou cicloergômetro de braços.
Para prevenir a síndrome do “overuse” deve-se variar a estruturação, o grupo muscular e a intensidade dos exercícios para os membros superiores, lembrando da importância do fortalecimento dos músculos da parte superior das costas e posterior do ombro, especialmente rotadores externos dos ombros e alongamentos para os músculos anteriores do ombro e peitoral maior.
Além disso, é fundamental a escolha do local adequado para a prática de exercícios físicos pelo profissional de Educação Física, visto a necessidade do controle da temperatura e umidade para os indivíduos com lesão medular.


Por não ter sensibilidade em determinadas partes do corpo, como o cadeirante vai conhecer seu limite para atividades físicas? É perigoso o cadeirante sofrer luxações e torções sem que perceba?

Luxações e torções não são lesões musculoesqueléticas características nesse tipo de situação clínica nos indivíduos engajados em programas de exercícios físicos. Para os atletas cadeirantes de esportes de contato físico, há uma possibilidade maior desse tipo de lesão mencionada (luxação e torção) pela ocorrência frequente do trauma esportivo.
Relacionado aos reconhecimentos dos limites para o exercício físico, variáveis como pressão arterial, frequência cardíaca, duplo produto (medição estimativa de esforço cardíaco e de consumo de oxigênio pelo miocárdio), temperatura e percepção subjetiva do esforço são utilizadas para a identificação da sobrecarga fisiológica durante o exercício físico. Entretanto, é papel do profissional de Educação Física identificar as respostas fisiológicas e patológicas para o exercício físico nos indivíduos cadeirantes, bem como assegurar a relação custo-benefício, a especificidade, sobrecarga, progressão e regularidade para o exercício físico eficaz a essa população.

Prof. Wagner Silva Dantas possui larga experiência em reabilitação cardiovascular e fisiologia do exercício clínico, é Coordenador do Programa FITCOR® de Exercício Físico aplicado à Reabilitação Cardiovascular e Grupos Especiais no Centro de Reabilitação do Hospital Sírio Libanês e Coordenador Técnico da Certificação Mais Vida ®. Graduado em Educação Física pela UNIFMU, Aperfeiçoamento em Exercício Físico aplicado à Reabilitação Cardiovascular pela USP e Aperfeiçoamento em Clinical Exercise Physiology pela Bond University - Austrália. CREF 041542-G/SP

De volta a sala de aula

Semana passada voltei a uma Escola de ensino superior, coloco o substantivo feminino com letra maiúscula pela importância que esta faculdade fará em minha vida pelos próximos 5 anos.
O cadeirante fez o vestibular, na verdade mesmo, uma redação de 27 linhas, e estou separando a documentação para fazer a pré-matricula.
Esta ideia inclusive não é de hoje, em janeiro, também passei e não executei a ideia pela dificuldade em chegar ao campus.
Desta vez, fui mais atendo a esta necessidade, e visitei o campus com o veiculo que tenho para deslocamento próximos, sozinho ou com a companhia da meninas, estas companhias cabem um capitulo a parte.
Hoje quero falar da felicidade em voltar a frequentar uma sala de aula, o curso escolhido foi uma volta ao tempo, engenharia elétrica.
Há exatos 26 anos cheguei a passar mais não frequentei me mudei para São Paulo e minha vida mudou totalmente, acredito que não se pode deixar a falta de mobilidade seja um empecilho para que seu caminho continue a ser traçado, e esta oportunidade de fazer faculdade na minha idade é motivo de festejar.




As mudanças de rumo e as vezes o imprevisto pode ser perigoso, porém mais prazeroso, onde e quando o destino conspira a favor, quando se descortina uma nova manhã cheia de novidades e desafios nossa vida fica mais fácil, ai falo que não tem nada a ver com falta disto ou daquilo, de mobilidade reduzida e "aumentada", falo em encarar a vida com outros olhos, uma nova vida a cada manhã.

Obrigado me Deus, Obrigado a todos, Obrigado faculdade, vamos que vamos,

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Portugal tem associação pioneira no surf adaptado



Há três anos percebeu que tinha tudo para voltar a surfar, algo que não fazia desde que ficou tetraplégico, aos 18. Agora, com 35, quer criar condições para que pessoas deficientes possam “apanhar a onda”.
É esse o grande objetivo da SURFaddict - Associação Portuguesa de Surf Adaptado -, criada por Nuno Vitorino, um antigo nadador paralímpico empenhado em transformar a modalidade num desporto para todos”, e fazer com a que “a deficiência, ou a cadeira de rodas, não sejam um impedimento” para qualquer um se fazer ao mar.

“Antigamente fazia bodyboard. A partir dos 18 anos, depois do acidente, nunca mais fui ao mar e tinha um grande desgosto. Comecei a olhar para o mar e para a areia e a ver quais eram as barreiras que conseguia transpor”, conta, acrescentando que “com a ajuda de amigos as barreiras foram sendo ultrapassadas”.

Com a primeira associação de surf adaptado da Europa, Nuno Vitorino pretende criar um “movimento à escala nacional e quem sabe à escala europeia” que permita às pessoas com deficiência desfrutarem o mar, baseando-se num princípio simples: dar formação às escolas de surf e criar, entre a comunidade surfista, um grande movimento de voluntários.

“Queremos levar o ‘know how’ às escolas de surf, recebendo em troca os voluntários e os meios materiais – pranchas e fatos - para que estas atividades consigam ter o seu sucesso”, explica Nuno Vitorino, que aposta nas “parcerias com escolas, instituições públicas e locais para que tudo seja gratuito” para os praticantes.

Uma ida de Nuno Vitorino à água implica, atualmente, uma combinação prévia e o trabalho de quatro pessoas - duas ou três que o levam para a zona da rebentação e uma outra que fica à beira mar e o vai levando para dentro.

“É uma espécie de jogo de ping-pong sendo eu a bola. Apanho a onda venho para a zona da rebentação. Alguém pega em mim, começa-me a levar para dentro”, explica, confiante de que com o evoluir da associação todo o processo vai ser agilizado.

No mar, Nuno utiliza “um fórmula 1 das ondas”, uma prancha especial e maior que as convencionais construída pela empresa XCult Surfboard “com um ‘astrodeck’ que tranca as pernas e pegas” para que se consiga agarrar.

Admite que a sua prancha adaptado “dá mais adrenalina”, mas reconhece que “numa primeira fase não são precisas grandes adaptações materiais” para que as pessoas com deficiência pratiquem surf, bastando “uma prancha normal de borracha, das utilizadas para a iniciação”.

O mentor do projeto reconhece que “dar formação às escolas não é simples”, e é por isso que classifica com “extremamente importante” o papel da sociedade, tanto ao nível dos apoios como de parcerias.

A SURaddict vai mostrar-se pela primeira vez sábado, 16 de junho, na praia do Baleal onde todos poderão praticar surf, independentemente da condição física.

O evento, que contará com a presença de figuras conhecidas do surf nacional, vai ter “pela primeira vez, na Europa, uma mota de água a rebocar as pessoas com deficiência para a zona da rebentação para facilitar o trabalho dos voluntários”, explica Nuno Vitorino, mostrando-se muito satisfeito com a adesão que a iniciativa tem tido.

“Temos já 150 voluntários inscritos e mais de 20 pessoas com deficiência”, refere, lembrando que toda a publicidade tem sido feita através das redes sociais e do sítio da associação.

Convicto de que dentro de algum tempo vai ser possível a uma pessoa com deficiência “chegar a uma praia e encontrar uma escola com formação específica para a levar à água em total segurança”, Nuno Vitorino continua a apanhar ondas, num mar que dilui diferenças.

“Sinto-me um entre iguais, eu não sou uma pessoa em cadeira de rodas quando estou a surfar”, garante, esperando que muitos outros deficientes possam, em breve, sentir o mesmo.

Diário Digital com Lusa

quarta-feira, 13 de junho de 2012

AACD em Campinas


A direção nacional da Associação de Assistência à Criança Deficiente confirmou ao senador Cássio Cunha Lima que estará lançando a pedra fundamental da unidade da AACD de Campina Grande, na próxima sexta-feira, 15, a partir das 09h00. A unidade da AACD em Campina Grande será construída em terreno doado pelo governo do Estado nas proximidades do Centro de Tecnologia Albano Franco, no bairro de Bodocongó.

Conforme informações da direção da entidade, a previsão é que a obra em Campina Grande seja concluída até o próximo mês de novembro de 2012 e custará R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais), cujos recursos foram oriundos das doações de todo o país durante o Teleton, transmitido pelo SBT no dia 22 de outubro de 2011, onde foram arrecadados R$ 26,8 milhões.

Atualmente 423 crianças paraibanas são atendidas pela unidade de Recife da AACD e que agora poderão ser atendidas pelo Centro de Reabilitação em Campina Grande, o que certamente irão melhorar significativamente às suas condições de vida.

O sonho de trazer uma unidade da AACD para a Paraíba nasceu no final de 2010 após um encontro casual do senador com o paraibano José Nunes, que dirige a unidade da AACD de Recife e que o convidou a integrar essa “corrente do bem” onde qualquer pessoa pode colaborar com a entidade Após esse primeiro contato, Cássio esteve com reunido já no inicio de 2011 com a direção nacional da Entidade que afirmou que seria preciso também o apoio governamental para que uma unidade fosse instalada na Paraíba.

Ascom

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Correios sem acessabilidade. Correios, que vergonha

Vou aproveitar o espaço para denunciar uma falta de acessabilidade encontrada por este que vos fala.
Segunda-feira, inicio de semana com chuva, saio para rua com sol e a chuva me pega no caminho até ai tudo bem, faz parte de quem deseja sempre estar em movimento, nada que não se pode prever Eu aceito resiliente, faz parte do jogo, porém chegar em uma agencia do correio para postar uma correspondencia e a falta de acessabilidade impede, enibe meus planos, não aceito com bom grado, vou confessar.
 A agencia dos Correios, na Rua Dias da Cruz, não tem acesso para Cadeirante, local este onde funciona uma loja dos correios, estabelecimento este de subserviencia dos correios, de sua Diretoria, de seus colaboradores que com toda a certeza não sabem, ou melhor não sabiam, pois agora já conhecem, que não posso entrar para usufruir das comodidades antigas de corresponder e  relacionamentos modernos compra pela internet.

 Gostaria de compartilhar as imagens com vocês, para que a união de todos fará com que descalabros como este tenha chegado a um ponto ao menos confortável para se deslocar pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro.
Divulguem, repartam, ajudem a diminuir o preconceito.
Abraços,










Ainda que me derrubem por meio de decepções, traições, inveja

"Ainda que me derrubem por meio de decepções, traições, inveja,... eu sempre vou encontrar forças nos momentos menos oportunos; e estas serão a mola propulsora para me reerguer. Agradeço aos que um dia me proporcionaram a possibilidade de constatar minha capacidade de superação, a eles resta apenas o tempo e o questionamento se farão o mesmo."


Lendo este pensamento, ou melhor um depoimento anonimo, me faz refletir a respeito da motivação humana.
Quando ocorre grandes tragedias ou fatalidades o ser humano mostra uma faceta de sobrevivencia que não conhecemos em tempos de tranquilidade e paz.
Nossas limitações, faço referencia as impossibilidades humanas, nos impulsionam para frente, transformando dor em combustível para sobrevivencia.
Em toda a complexidade das ligações humanas, no emaranhado de certezas, duvidas, frustrações que norteiam os pensamentos e atitudes, a sobrevivencia do animal mamífero humano vem em primeiro plano, porém não se percebe na rotina diária, é subliminar. A minifestação de tal sentimento se apresenta com clareza em momentos de infortúnio, quando menos se espera, esta ai, pronto, uma força inesperada como uma mãe protegendo a cria, um pai defendendo seu território, o ser humano se supera.
Falo isto porque vivo atualmente guiado pelo sentimento de sobrevivencia, as certeza que sempre tive na vida foram colocadas em cheque, sempre sobrevivi assim, com minhas certezas e crenças, porque tenho que mudar agora, o que me leva a estas alterações, um instinto oculto de sobrevivencia?

Não, definitivamente não, o que me motiva é a razão da minha existência, minhas crenças e a força de seguir em frente apesar de tudo e todas as dificuldades o caminho continuará a ser percorrido, com minhas certezas e duvidas, com dignidade e cabeça erguida mesmo que tudo e todos falem ao contrario.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Reality Show

Estreia hoje na TV americana um reality show chamado Push Girls. Ele reúne cinco moças que sofreram acidentes ou tiveram doenças que as obrigam a andar de cadeira de rodas. A ideia é mostrar que, a despeito das óbvias limitações, elas podem levar uma vida quase normal.


“As pessoas de nosso convívio conseguiram lidar com a paralisia e perceberam que não era uma tragédia”, disse Mia Schaikewitz, de 33 anos, paraplégica desde os 15. “O legal do programa é que os telespectadores vão ver isso.”

As jovens só se conheceram depois que ficaram paraplégicas e agora são muito amigas, quase irmãs, segundo dizem. O elo entre elas foi a modelo Angela Rockwood, que ficou tetraplégica há 11 anos num acidente de carro. Foi por meio de Angela que o programa tomou forma: ela queria mostrar o dia a dia das amigas e como elas são felizes.

“Acho que as pessoas temem se aproximar de nós e temem ter relacionamentos conosco porque acham que vão encontrar algo negativo”, lamenta Mia. “Se eles nos vissem como somos em nosso cotidiano, saberiam que isso (a cadeira de rodas) é apenas um acessório.”

Uma reportagem antiga.

Hoje lendo uma reportagem atinga da Georgette Vidor, técnica de ginastica, raquimedular devido a acidente em  1997, disse que na hora, se pudesse escolher entre a cadeira de rodas ou a morte Ela ficaria com a segunda opção.
Parei, refletir e me perguntei, a cadeira ou o fim? Fácil de decidir, não é mesmo. Apesar de amar a vida, amar minha família, amar os dias de sol e de chuva, mas a dependência para quem sempre foi auto suficiente é extremamente duro, e o pior disto tudo é que o mundo continua, a vida continua e Você se manisfesta, hei estou aqui em uma cadeira de rodas, preciso gritar para ser notado?


Os dias vão passando, os meses vem acrescentando e os anos consolidando que você esta em uma cadeira de rodas, esta é a situação atual, o diferencial ai é que você realmente se torna mais dependente, diversas situações te impõem os novos limites, contudo uma nova realidade se abre, novas descobertas vão entrando pelas frestas da porta fechada, transformando o breu em penumbra, ai esta a oportunidade de transformar a penumbra em luz, mobilizar todas as forças físicas e principalmente mental em um motor transformador, sim a dependência parcial, passa a não ser um obstaculo, torna-se o combustível do motor, a motivação necessária para continuar.


As alterações necessárias para continuar na tão odiada cadeira, esta peça descriminatória passa a ser o veiculo transformador da vida, no minimo da sua, mas com desprendimento mudara a vida de muita gente, porque o certo nisto tudo é que a vida continua e você com seu veiculo também.
A leveza e o bom humor ferramentas indispensaveis para enxergar a vida, se alternam com a dureza dos sentimentos de um Raquemedular, para que se torne mais leve nosso cotidiano massante, o otimismo e a fé na vida devem prevalecer.
Valeu!